Quando o assunto são investimentos, é normal que surjam dúvidas sobre os diferentes tipos. O CDB é um dos investimentos em renda fixa mais comuns, assim como o Tesouro Direto, ideal para os investidores que desejam opções seguras e com boa rentabilidade.
A sigla CDB significa Certificado de Depósito Bancário. Na prática, é como se você emprestasse dinheiro aos bancos. Ficou interessado e quer saber se vale a pena para seu perfil de investidor? Continue a leitura.
O que é e como funciona o CDB?
O CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, é um investimento em renda fixa. Você irá emprestar dinheiro ao banco em troca de juros. Esses recursos são usados pelas instituições para conceder empréstimos a outras pessoas.
Funcionamento
O funcionamento de um CDB é simples. Basicamente:
- uma instituição financeira emite títulos que representam “pequenos” empréstimos;
- investidores compram esses títulos com a promessa de um pagamento futuro;
- a instituição financeira usa esse dinheiro para suas atividades e, no vencimento, devolve o valor emprestado somado a uma taxa de juros combinada na compra.
Dependendo do banco emissor, podem existir algumas “regras” que precisam ser cumpridas, como um valor mínimo de investimento.
Em grandes bancos, é possível encontrar CDBs a partir de R$ 500. Porém, essas opções podem ter um rendimento menor.
Outra característica é que os CDBs são papéis com vencimento. Ou seja, as condições acertadas no momento da compra, como a remuneração, são garantidas até determinada data.
Apesar disso, muitos CDBs são encontrados com liquidez diária. Isso significa que é possível fazer o resgate a qualquer momento, inclusive antes do prazo final. E também existem aqueles com liquidez diária após certo prazo mínimo, no qual o dinheiro não pode ser resgatado, chamado de carência.
É possível encontrar papéis de curto prazo (em torno de 6 meses a 1 ano) e também de longo prazo (de 5 anos ou mais). Por isso, é uma opção para diferentes investidores.
Custos e tributação
Um ponto importante é que o CDB não tem cobrança de taxa de administração. Algumas corretoras, contudo, podem cobrar taxa de custódia ou de corretagem, mas muitas já fazem a isenção desses custos.
A tributação segue da mesma forma que os demais investimentos em renda fixa. Ou seja, a cobrança do Imposto de Renda é feita pela tabela regressiva: quanto mais tempo você mantém a aplicação, menos paga de imposto.
Investimentos de até 6 meses pagam 22,5% sobre a rentabilidade e os mantidos por 2 anos ou mais pagam 15% sobre a rentabilidade.
Outro imposto é o IOF que apenas incide sobre as aplicações resgatadas com menos de 30 dias. Ele pode variar de 96% a 3% da rentabilidade, diminuindo conforme o tempo de investimento.
Qual a diferença entre CDB e CDI?
CDB e CDI podem parecer a mesma coisa, já que só muda uma letra na sigla, certo? Não é bem assim. Cada um diz respeito a um assunto diferente.
CDB, como vimos, é a sigla para Certificado de Depósito Bancário. E CDI é a sigla de Certificado de Depósito Interbancário.
O Banco Central determina que os bancos encerrem todos os dias com saldo positivo no caixa. A medida de segurança garante que o sistema financeiro seja estável e saudável.
Nem sempre, contudo, isso acontece. E a saída para equilibrar o caixa é emprestar dinheiro de outro banco. Então, ocorre a emissão de um CDI, um título de empréstimo feito entre os bancos, com cobrança de juros.
As operações são registradas na Bolsa de Valores (B3) que calcula a taxa média de juros e a divulga diariamente, como taxa DI ou taxa do CDI. Ela reflete os juros médios das operações entre os bancos e, por isso, se tornou referência para o restante do mercado, sendo um indicador muito comum dos investimentos em renda fixa.
Por isso, é normal encontrarmos CDBs atrelados ao CDI.
Quanto rende um CDB?
A rentabilidade do CDB é definida por uma porcentagem sobre a taxa CDI. A taxa serve de referência para a rentabilidade de diferentes investimentos em renda fixa. Ou, é possível encontrar CDBs atrelados a outros índices, como o IPCA.
Por isso, você precisa analisar se o seu CDB é pré-fixado, pós-fixado ou atrelado à inflação.
CDB Pré-Fixado
Os títulos pré-fixados são os que têm como referência mais comum o CDI. Nesse tipo de aplicação, o investidor sabe antecipadamente quanto receberá ao final da aplicação. Porque a taxa de juros definida é informada no momento da compra da aplicação.
Alguns CDBs rendem 100% do CDI, outros 80% do CDI e por aí vai.
CDB Pós-fixado
Os títulos pós-fixados pagam uma taxa acima de um índice de mercado. Esse é o CDB mais comum.
Nesse caso, o investidor sabe qual índice será usado como referência, mas não tem certeza de qual será o retorno em reais, porque ele segue a dinâmica das variações do indicador.
CDI pós-fixados também podem adotar o CDI, em uma remuneração conhecida como CDI mais spread.
CDB atrelado à inflação
Esse CDB mescla a remuneração dos dois outros tipos. Ele oferece um retorno prefixado e outro pós-fixado, seguindo a variação da inflação (geralmente atrelado ao IPCA ou ao IGP-M).
Ainda existem instituições que oferecem os chamados “CDBs progressivos”, nos quais a remuneração aumenta conforme o dinheiro fica mais tempo investido.
É seguro investir em CDB?
O CDB é um investimento de renda fixa e, portanto, considerado bastante seguro. O maior risco é o de crédito, ou seja, de não receber o valor emprestado ao banco.
Quanto maior for o balanço do banco em questão, menor o risco de calote. Porém, não se esqueça da relação risco-retorno.
Bancos menores costumam ter CDBs com retorno melhores, justamente porque têm um risco maior.
Contudo, é válido lembrar que o CDB tem cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) – uma associação civil que busca proteger os investidores e prevenir o risco de uma crise bancária sistêmica.
Assim, caso o banco de quem você comprou o CDB entre em falência, você está assegurado em até R$ 250 mil.
Como investir em CDB?
Depois de entender o que é e como funciona o CDB, acredita que essa é a opção ideal para você? Veja as dicas que separamos para investir nessa opção.
- Entenda qual é o seu perfil de investidor.
- Pense se as suas metas financeiras são para curto ou longo prazo.
- Avalie as diferentes opções de CDBs considerando o tipo de remuneração (pré-fixada, pós-fixada ou atrelada à inflação).
- Analise o rendimento oferecido e compare com índices de renda fixa, como o CDI;
- Avalie o prazo de entrega, pensando se você precisa de um papel com liquidez diária, por exemplo para formar uma reserva de emergência, ou de longo prazo, como para aposentadoria.
- Analise o nível de risco do emissor do CDB.
- Conte com ajuda especializada.
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